15.5.10

Ana - Parte 1

- Era dia 7 de outubro, Ana lembrava-se bem. Como em todos os outros dias, ela levantou-se, entrou no duche, lavou seus cabelos, vestiu-se, comeu algo e foi pra escola. Quando chegou a casa, abriu o MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela.
Foi por sua intuição, ia sempre. Era um rapaz, chamado Bruno. Começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinham quase tudo em comum, excepto uma coisa: a cidade. O rapaz morava em Londres. A Ana, em Bolton, uma pequena cidade ao sul de Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que ela estava viciada em internet, o que realmente estava.
Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A rapariga era apenas muito preocupada com o seu futuro, não deixava de fazer os trabalhos de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno. O rapaz sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia os trabalhos de casa. Tinha sempre poucos, então ficava á espera de Ana, até às 6 da tarde, que era quando a rapariga entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses alguma coisa acontecer) : Bruno pediu-a em namoro.
E foi assim, conheceram-se por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles amavam-se. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da rapariga, elas viam a conversa.
E conseguiam sentir o amor.

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